segunda-feira, 31 de agosto de 2020
segunda-feira, 24 de agosto de 2020
quarta-feira, 19 de agosto de 2020
POEMAS DIÁRIOS DO POETA PEDRO VIOLA
SEGUE ABAIXO ALGUNS DOS POEMAS DO POETA PEDRO VIOLA POSTADOS DIARIAMENTE EM SEU INSTAGRAM, CONFORME LINK:
quarta-feira, 29 de julho de 2020
quinta-feira, 16 de julho de 2020
segunda-feira, 6 de julho de 2020
segunda-feira, 25 de maio de 2020
QUEM TEM O DOM DA ARTE A FAZ POR AMOR
A
Arte é uma riqueza
Quase
sem explicação
No
seio do Universo
Físico
e da imaginação.
A
Arte na sua essência,
É
a expressão da excelência
Que
embeleza a nação.
1
A
Arte tem o poder
Pela
permissão divina,
De
embelezar este mundo
Pela
expressão que origina
Da
alma de cada ser,
Que
faz Arte com prazer,
Com
sua inspiração fina.
2
Usando
também o dom
Da
rima que há em mim
Vou
fazer uma homenagem
A
um grupo digno sim,
De
artistas a contentos:
Arte,
Cultura e Eventos,
É
o nome do mesmo, enfim.
3
Nesse
grupo a gente conta
Com
a honradíssima presença,
Da
artista Ana Fabrícia,
Que
comentário dispensa.
Uma
artesã de argúcia
E
decerto de fidúcia,
Que
faz mesmo a diferença.
4
E
na sequência eu já cito
Também
com toda honradez,
O
mestre Luiz Alberto,
Poeta
de intrepidez
E
escritor certamente,
Que
só engrandece a gente
Com
a sua sensatez.
5
E
com este mesmo espírito,
Por
certo de admiração
Cito
Joekkk
O
Max Bom Bom e Simão.
Sim,
o Simão Vilas Boas,
Tudo
excelentes pessoas,
E
artistas de elevação.
6
E
na continuação
Sem
enfim perder o trilho,
Cito
Jônatas e Davi
Dupla
de bastante brilho.
E
de artista renomado,
Igualmente
Marivaldo,
E
o vasto Romário Filho.
7
Seguindo
a bola pra frente
Cito
Dreza e Sergio Reis.
Sueiro
Sá e Gessé,
E
Sávio 43.
Seis
artistas de renomes
Que
só de citar os nomes,
Já
me transmite honradez.
8
Outros
nomes altaneiros
Que
vou agora citar,
Ivomita,
Rayca e Helena,
Ivo
Neto e Teomar.
Cinco
artistas bem distintos
Que
une seus instintos,
Fazendo
a Arte brilhar.
9
E
em nome da própria Arte;
Enriquecendo
o cordel,
Cito
Ana Elisa e Ana Alves,
Dupla
de musa fiel.
Também
de excelente artista.
E
seguindo nesta lista,
Cito
Nicolau e Nel.
10
Com
toda força e vigor
Vou
agora registrar,
A
Valquiria Guillemin,
E
a Renata Alencar.
Artistas
de precisão;
Com
a alma e o coração
Leva
a Arte abrilhantar.
11
Igual
elas tem Luiz,
Carmen
e MC Viana.
Lili
e Lucas Medeiros
Ivo
Filho e Juliana.
Todos
experimentados
E
decerto renomados,
Igualmente
a Fabiana.
12
Eduardo
Souza Santos,
Neilton
Silva e Peu Matriz.
Cláudia
Lima e Ana Francisca,
Nilzete
e Anna Beatriz.
A
Meira Araujo Ativista,
Esta
equipe de artista
Sabe
o que faz e o que diz.
13
Cesar
Augusto e Joejoe,
E
Augusto Santos Pereira,
Roberto
Jorge e Jamila,
Alberto
e Lívia Ferreira.
São
artistas com certeza,
Que
a gente nota a grandeza,
Em
cada Arte altaneira.
14
Eliel
Felipe e Graça,
Dany
Bessa e Jaguarana.
Madu
Cidreira e Zete Ramos,
Gilberto
Dias e Morgana.
Através
da Arte, portanto,
Levam
o mundo, no entanto,
A
se tornar mais bacana.
15
Lucilene
e Genival,
Rosângela
e Celina Brito.
Mestre
Timbó, Mário e Patty
É
cada um é de granito.
Tem
ainda Inaê Sodré,
Também
artista de fé,
E
biográfico bonito.
16
Quem
também não fica atrás
Desta
lista certamente,
De
artistas altaneiros,
Que
só engrandece a gente.
É
Alan Jones e Everaldo,
E
a Marcelle Dourado,
E
Doutor Moriga, evidente.
17
Filipe
M@GE
E
a nobre Mariana,
Entram
em cena com certeza,
Com
a Urania Viana.
E
com Iratan Curvello,
Que
só fortalece o elo,
Deste
povo tão bacana.
18
Já
Cobrador Locutor,
Entra
em cena, no entanto,
Com
o Kalantã Bezerra,
Que
contribui o seu tanto.
Lembro
ainda Henrique Harmonia,
Que
decerto a cada dia,
Nos
causa também espanto.
19
Novaes
Neto e Jonh Cadson,
Fazem
parte da fileira,
Destes
artistas decerto,
Deste
grupão de primeira.
Que
faz Arte com vigor,
E
decerto com amor,
Sem
limite de fronteira.
20
Aliás,
Ninha Menezes,
Mariano
e Jussara,
Eliane
Magalhães,
Esta
turma nunca pára.
Está
sempre em evidencia
Com
a sua Arte de excelência,
Que
a gente chama de rara.
21
Com
Nanci Metrô Safatle,
Também
não é diferente.
Uma
artista respeitada,
E
por certo competente.
Igual
Pedro meu xará;
Luciano
Jatobá,
Digo
conscientemente.
22
Do
mestre Marcos Maurício
Decerto
chegou a vez.
E
de Nelson Calazans,
E
com a mesma horadez
Cito
a jovial Jaíra,
Artista
de boa mira,
E
também de intrepidez.
23
Mas
ainda não acabou,
E
por isto vou citar,
A
mestra Ana Santiago,
Mas
sem deixar de lembrar.
Da
valiosa Rosana,
Outra
artista bem bacana
E
certamente exemplar.
24
Joanita
e Dan Rodrigues,
Paulo
Soleny, também,
André
Effgen e Áurea,
Dizer
aqui me convém.
Que
de maneira brilhante,
Enriquecido
constante,
A
Arte, enfim, eles têm.
25
A
Yara Delafiori,
Quem
a conhece, portanto,
Igual
a Cenildo Silva,
E
Andréa Beloff, no entanto,
Sabe
que cada um afinal,
Com
o vosso potencial,
Só
nos causa mesmo, encanto.
26
Lucely
e Vera Ritter,
Edizio
e Ubiratã;
Eremar
Freitas e Gessyca,
Paulo
Flores e Renan.
Dizer
aqui me convém,
Um
por um deles também,
É
artista, de muito fã.
27
O
Gelson e Pedro César,
E
a Marilene Coelho,
As
artes deste triênio,
Conhecer
lhes a conselho.
E
enalteço mais a lista,
Citando
Braz, outro artista,
Que
nos serve, enfim de espelho.
28
E
agora chegou a vez
Do
grande mestre Deraldo,
Artista
polivalente,
E
decerto admirado.
Também
do ilustre Suzarte,
Outro
grande baluarte,
Certamente
renomado.
29
E
com chave de ouro eu vou,
Fechar,
enfim, esta lista
Dos
integrantes da GACE,
Citando,
decerto, o artista,
Denominado
de Ivaldo,
Há
muito já aprovado,
Por
seu bom golpe de vista.
30
Aliás,
eu quero em nome
Da
GACE aqui estender,
Os
meus parabéns a Ivaldo,
Por
todo vosso saber,
E
ter criado pra gente,
Este
grupo certamente,
Que
só nos causa prazer.
31
Esta
simples homenagem
É
só pra gente lembrar,
Que
o belo Don das Artes,
Nunca
se deve enterrar.
A
Arte transmite calma,
Ela
penetra na alma
Com
seu modo singular.
32
Autor: Poeta Pedro Viola
segunda-feira, 18 de maio de 2020
domingo, 17 de maio de 2020
sexta-feira, 1 de maio de 2020
O TIRA TEIMA
A Curandeira
Cezinha
Uma jovem
bem simpática
Na região de
Tupi
Com sua
forma pragmática
Conseguiu
muitos adeptos
Mesmo usando
até a taca
1
Porém o
Miguel Viola
O qual
sempre foi desperto
Percebeu que
de má fé
A jovem agia
decerto
E para ela armou
um laço
E ela caiu por
certo
25
Ao lado de
sua comadre
E de frente
a Curandeira
Disse
Miguel, na verdade
Sem gesto de
brincadeira
Que lhe
roubaram um relógio
Cezinha caiu
na asneira
3
A comadre de
Miguel
Que ouviu a
Cura afirmar
Saber onde
estava o relógio
Ficou toda a
matutar
Quando o
relógio do bolso
Ela viu
Miguel puxar
4
O cenário de
Cezinha
Chamava
mesmo atenção
Quadro de
todos os santos
Tinha ao seu
redor então
Pulseira e
jarro de flores
Também tinha
de montão
5
Cordão de
todos os tipos
Búzio e incenso
aromado
Mesa com
toda chiqueza
Cortina por
todo lado
Assim é que
era de fato
Seu
consultório afamado
6
Decerto Cezinha, com
Sua falsa atuação
Transmitia na verdade
Sempre ar de perfeição
Até o seu figurino
Chamava muito atenção
7
E um dos
laços mais patente
Que a Cezinha
ali usava
Para cobrar
a consulta
E pouca
gente notava
Era não
estipular
O valor que
ela cobrava
8
Apenas ela
dizia
Que contava
na verdade
Com a
consciência do povo
Que ia na
realidade
Procurar o
seu serviço
Feito de boa
vontade
9
Pra você ter
uma idéia
Da fortuna
que ajuntou
Carros e
supermercados,
Casa nova
ela comprou
Só de vela e
cesta básica
Que o povo a
ela doou
10
Seus últimos
atendimentos
Na região de
Tupi
Foi o de
Mané Preá
Deixo
registrado aqui
E o de
Miguel Viola
O mais desperto
dali
11
Aliás, Mané
Preá
No seu
último atendimento
Procurou a
Curandeira
E causou
constrangimento
Pois uma disenteria
Já lhe
causava tormento
12
E neste dia Cezinha
Certamente
ali notando
Que problema
com a família
Mané não
estava passando
O que Mané ia
esconder
Findou a ela
revelando
13
E o motivo
certamente
Por seu Mané
revelado
Foi um medo
que há três dias
Decerto
havia passado
Na casa das
livusias
Tudo ele
deixou explicado
14
A Curandeira
Cezinha
Não era
mesmo vidente
Mas sem
dúvida ela era
Uma moça
inteligente
Além de bem
corajosa
E
estratégica certamente
15
Com seu
poder de artimanha
Também de
persuasão
O próprio
cliente enfim
Falava com
precisão
Todo seu
problema a ela
Que afirmava
ter visão
16
E foi esta,
enfim, a razão
Do tão vasto
crescimento
Da
Curandeira decerto
Que lia até
pensamento
Na
imaginação daquele
Que vivia
desatento
17
A Cezinha se
mudou
Na época da
região
E para
Miguel Viola
Uma
recomendação
Certamente
ela deixou
Do fundo do
coração
18
Na tal
recomendação
Que a jovem Cura
deixou
Numa carta
que a Mané
Sem dúvida
alguma a entregou
Para
entregar a Miguel
Desse jeito
confessou:
19
−Seu
Miguel meus parabéns
Por sua
desenvoltura
Realmente o
senhor é
Uma
admirável figura
Eu já saí da
região
Só lhe peço
criatura:
20
Que a onde eu
estiver
O senhor me
deixe em paz
Deixe-me
viver minha vida
Não sou
nenhuma sagaz
Se meus
trabalhos não serve
Também mal a
ninguém faz
21
Raiva do
senhor não tenho
Digo-lhe
aqui novamente
Você não
mentiu decerto
Apenas só foi
prudente
E deste
risco eu sabia
Que corria
certamente
22
Deixo a você
meu abraço
E diga a
dona Maria
E a seu Mané
Preá
Que
certamente magia
Nunca fiz e
o meu sonho
É deixar
isto algum dia
23
Diga ainda a
Mané Preá
Que as matadas que lhe dei
Foi pra ele
melhorar
E não querer
ser um rei
Mas fiquei
arrependida
Pois de fato
exagerei
24
Após Miguel
ler a carta
Comoveu-se o
seu tanto
Até dor teve
de ter
Quebrado da
Cura o encanto
Só não ficou
com remorso
Devido a razão
no entanto
25
Deixo claro que
esta história
É de fato
ficção
Mas sem
duvidas reflexiva
Afirmo nesta
cordão
Porque
mostra que a mentira
Sempre cai
por terra então
26
E nesta
história Mané
É o maior
sofredor
Miguel Viola
igual sempre
Segue como o
vencedor
O qual fez
desta história
Este cordel
de valor
27
Decerto Mané
Preá
E o mestre
Miguel Viola
Uma dupla
que deu certo
E já lhe
digo sem enrola
Que de fato
no YouTube
Adita cuja
decola
28
Porque filmes
e episódios
No YouTube
na verdade
Desta dupla
tão brilhante
Você na realidade
Pode vê e
com certeza
Se divertir
a vontade
29
Estamos
chegando ao fim
Desta
história certamente
Narrada para
você
Julgar evidentemente
O que está
certo ou errado
No seu
enredo evidente
30
Deixo aqui o
meu abraço
Decerto para
o leitor
Que leu de
fato esta história,
A qual fiz
com todo amor
Usando,
enfim, a inspiração
Recebida do
Senhor
31
E que Ele
abençoe a todos
Dando saúde
e muita paz
E também
sabedoria
Pra vivermos
mais e mais
Dentro do
seu plano divino
Nos amando
por iguais
32
Autor: Pedro Viola Continue lendo >>
quarta-feira, 29 de abril de 2020
A HISTÓRIA DE CENTRAL
Agora eu vou lhe contar
De forma bem reduzida
Sim, a história de Central
A minha terra querida.
Uma cidade pacata,
No interior da mata,
De gente desenvolvida.
I
Roça de Dentro, é que era
O seu nome antigamente.
Riacho Largo era o centro
De onde veio certamente:
O grande Izídro Ferreira,
Desbravador de primeira
Com sua equipe evidente.
II
A sua equipe decerto,
Na verdade era formada,
Por seu genro e seus dois filhos,
Tudo gente preparada.
Que deixaram muito claro
O vosso valor tão raro,
Em toda vossa jornada.
III
E os seus amados filhos
Já registro de antemão:
Foi Lúcio e Mané Ferreira;
Pra fechar a relação:
Seu genro Chico Ferreira,
Que foi filho de primeira
De João Ferreira, então.
IV
Foram os descobridores
Este punhado de gente:
Da famosa Toca Velha,
Uma conquista excelente.
Que até hoje permanece,
E de fato ainda abastece,
Certamente a muita gente.
V
Não vou entrar em detalhes
Sobre tudo que ocorreu.
Certo é que Roça de Dentro,
Sem dúvida desenvolveu.
Graças aos desbravadores
Tão fortes que nem tratores,
No seu tempo de apogeu.
VI
A primeira moradia
Que em Roça de Dentro surgiu,
De alicerce e telha foi
De seu Janil, diz quem viu.
A segunda construção
Foi de José de Assunção,
Varão que muito evoluiu.
VII
Quem construiu essas casas
De Janil e Assunção,
Da família dos Ferreiras,
Foi o sogro de Euzebão;
O seu Inácio Sobreira,
Arquiteto de primeira
Que chegou neste sertão.
VIII
Seu Janil foi o primeiro
Professor particular,
E também negociante,
Vale a pena registrar.
Joaquim Ferreira de brito
Foi o primeiro, ta dito
“coronel”, sim a reinar.
IX
A primeira casa de
Farinha em Roça de Dentro,
Foi de Francisco Ferreira,
Que pra tudo estava atento.
Trabalhava com alegria,
Toda noite e todo dia
Este povo do outro tempo.
X
Quero também registrar
O primeiro casamento
De auta com Chico Grande
Tão forte igualmente o vento.
Filha de Chico Ferreira,
Auta, enfim era a primeira,
E a noiva do momento.
XI
O bravo Chico Ferreira
Foi quem primeiro tirou:
O leite da maniçoba
E comercializou.
Foi na serra do Riacho
Que o látex, o cabra macho,
Certamente encontrou.
XII
O Lauro e o Venço Ferreira,
Na base da parceria,
Fizeram um tanque d´água
Nesse sertão da Bahia.
Pra pegar água de chuva
Que era rara como uva
Pra toda e qualquer família.
XIII
Seu Antônio Rocha foi
O primeiro balconista.
Era uma pessoa amável
E também muito benquista.
Casou com Dona Lindinha,
E grande prole ele tinha,
Produto dessa conquista.
XIV
Já o primeiro barbeiro,
Orgulho-me de citar:
Altino Martins dos Anjos,
Mui jocoso e popular.
O esposo de “Julinha”,
Certamente Tia minha,
Tenho prazer de citar.
XV
Em mil e novecentos e
Vinte e oito, com certeza,
Se deu a primeira feira,
Um momento de grandeza.
Dia primeiro de abril,
Foi um dia nota mil
E um marco de riqueza.
XVI
A primeira feira livre
Dessa aldeia, enfim roceira,
Deu-se diante da casa
Do velho Chico Ferreira.
E sábado foi o dia
Dessa tão grande alegria,
Para sua prole herdeira.
XVII
No ano de vinte e oito
Aquela povoação,
Construiu a sua igreja
Com direito a procissão.
E colocaram seu sino
Bem no dia do divino,
Numa famosa missão.
XVIII
No ano cinqüenta e oito
Roça de Dentro despede,
Seu velho nome de guerra
Por outro que lhe sucede.
E este nome é Central
Que é o centro do arraial
E que até hoje é a sede.
XIX
Seu Euzébio e Nilza Brito,
Na igreja em Roça de dentro
Casal primeiro a casar,
O bisneto tão atento
Do senhor Chico Ferreira,
Com a filha de sobreira
Foi feliz no casamento.
XX
Euzébio Ferreira Brito,
Na cidade de Central
Foi o primeiro prefeito,
E foi excepcional.
Na sua administração
Não teve corrupção,
Só construção afinal.
XXI.
Euzébio foi um prefeito
E um grande cidadão.
Construiu ele a caixa
D´água, e o campo de avião.
E fez estradas e pontes,
Abriu novos horizontes,
Para o povo do sertão.
XXII
Porém a primeira missa
Que em Central foi celebrada,
Foi na casa de Francisco
Ferreira (França de Jarda).
Pelo grande padre Pedro,
E certamente no enredo
Seguirei meu camarada.
XXIII
O primeiro caminhão
Que apareceu em Central
Foi de Marinho Carvalho,
Um fato fenomenal.
Fizeram até rodagem
Para o carro dar passagem,
Enfim, por todo arraial.
XXIV
Marinho foi tão famoso
Junto com seu caminhão,
Que a cidade Xique-Xique
Fez sua celebração.
Botou seu nome lendário
No terminal rodoviário,
O melhor da região.
XXV
Em mil novecentos e
Setenta e um, na gestão
Do Senhor Carlos Gonçalves,
Ocorreu a fundação:
Do sindicato, enfim,
Dos trabalhadores sim,
Que continua em ação.
XXVI
Sua equipe provisória
O povo podia confiar.
Três homens bastante honestos,
Prontos para trabalhar.
Vital Gonçalves Carvalho,
Sempre foi ótimo no malho,
Uma figura exemplar.
XXVII
Tietre foi outro herói,
O qual também não deixou,
A desejar evidente,
E na época ele atuou;
De modo extraordinário,
Na função de secretário;
A pesquisa assim mostrou.
XXVIII
Seu famoso tesoureiro
Que dá gosto de citar:
Gildásio Miguel da Costa,
Que foi de modo exemplar:
O segundo presidente
Desse órgão competente,
Que ele mesmo viu fundar.
XXIX
Já a aposentadoria
Chegou de fato a Central:
No ano sessenta e quatro,
Pelo plano Federal.
Depois da Revolução,
A qual levanta o povão,
Contra o Estado geral.
XXX
Na gestão de Zé Ribeiro,
Outro Prefeito legal.
Chegou à hora, e a vez,
De fundar o Funrural.
Eudaldo Miguel da Costa,
Acreditou na proposta,
Com seu bom potencial.
XXXI
Os primeiros delegados
Eu vou agora citar:
Começou por Zé carneiro,
Pra polícia comandar.
Abdias, Anfilófio e Máximo;
Cada um deu de se o máximo,
É importante frisar.
XXXII
Na relação ainda temos,
Só para finalizar,
O Gustavo e Lourisval,
E Antônio pra completar.
E sem fugirem da grife,
Cada um foi bom “xerife”,
Na arte de aconselhar.
XXXIII
Agora eu vou registrar,
Enfim, os quatro Tenentes
Primeiros a atuarem,
Os quais foram competentes.
Raimundo Nonato e Braz,
Nunca ficaram atrás,
Eram mesmo diligentes.
XXXIV
Seu Cláudio Primo da Silva
E Manuel Julião,
Fizeram um bom trabalho,
Causaram admiração.
E não somente em central
Mostraram seu cabedal,
Mas em toda a região.
XXXV
Agora preste atenção
Pro nome que vou citar:
É o sargento Marisvaldo,
Que aprendi a admirar.
Minha cordialidade
Por sua capacidade,
Eu vou sempre lhe prestar.
XXXVI
E agora eu vou citar
Outros nomes importantes
Que são os juízes de paz,
Todos eles são brilhantes.
Na cidade de Central,
Os juízes de casal
Sempre foram triunfantes.
XXXVII
Os escrivães de paz foram:
Zeca de Castro Dourado,
Otacílio e Sinhozinho,
Um triênio respeitado.
Igual Mário Cavalcante,
Sujeito muito elegante,
E tem o José Machado.
XXXVIII
Mas Central conta também
Com grandes tabeliões:
Miraci, Djalma e Elson
Que causa recordações.
Todos eles competentes,
Mesmo tendo diferentes,
Certamente opiniões.
XXXIX
O primeiro nascimento
Sim, registrado em Central.
No cartório Civil foi
O de Carlos afinal
Gonçalves dos Santos, sim
O qual foi Prefeito e, enfim,
Professor ginasial.
XL
Os juízes de Central
Foram homens de primeira:
Doutor Marinaldo Bastos
E doutor Hoel Ferreira.
Dois varões muito versados
E certamente admirados,
Nessa arte brasileira.
XLI
Eu agora vou dizer
Onde era, enfim o local,
Do Tribunal de Júri
Da cidade de Central.
E na LBV, então,
Um antigo casarão
É que era mesmo afinal.
XLII
No dia três de junho de
Mil novecentos, enfim,
O primeiro julgamento,
Logicamente nele sim,
Houve com toda certeza,
Uma data de grandeza,
Certamente eu vejo assim.
XLIII
Continuando essa história
Eu agora vou citar,
Os nomes dos promotores,
Valendo aqui ressaltar:
Que trata só dos primeiros
A mexer com trambiqueiros,
Só pra você meditar.
XLIV
Doutor Zé Martinho Neto,
Decerto foi o primeiro.
Doutor Edson e Cleómenes,
E também o peleiteiro.
José vilobaldo e Armando
Deste grupo não nefando,
Completa, enfim a fileira.
XLV
E como primeiro adjunto
De promotor em Central:
Tem Antônio Carlos Pires,
Um Promotor genial.
E o Jair Rocha Dias,
O qual sempre esteve em dias,
Com o plano capital.
XLVI
Doutor Josenito Lima
Foi o primeiro dentista,
Com certeza pra Central
Foi uma bela conquista.
Além do que já citei,
Este varão era a lei
Com um boticão á vista.
XLVII
Aliás, eu vou falar
O nome das “enfermeiras”
Ou técnicas de enfermagem
Sendo também as primeiras:
Eliete e Margarida,
Duas damas preferidas,
Trabalhavam sem canseiras.
XLVIII
Ainda nesta relação
Eu vou também colocar,
O nome dos vereadores
Primeiros deste lugar.
Até o ano decerto
De setenta e seis por certo,
Pra você memorizar.
XLIX
João Martins e Evilásio,
Agnélio e Joviniano,
O saudoso e popular,
Francisco Martiniano,
Ou seja, seu Chico Naneu,
O qual entre nós viveu,
Sem jamais ser leviano.
L
Francisco Ferreira e Orlando
Já segue aqui na sequência,
Com o Carlos Gonçalves,
Que é outro de eficiência.
Gildásio Miguel de Mastro
E o Gildásio de Castro,
São todos de competência.
LI
Faltava citar somente,
Enfim Rosalvo Ferreira,
Porém já não falta mais
Pois já está na fileira.
Outro grande baluarte,
O qual na linha de ataque
Sempre interagiu sem besteira.
LII
Genelísio e Máximo Guedes,
Getúlio Carlos e Osvaldo;
E o nobre Antônio Nunes;
Gilci de Castro Dourado;
Anfilófio Guedes Matos;
Marcilon Machado Matos,
E ainda, Maria Machado.
LIII
Pedro Carneiro e Zé Pedro;
Também Djalma Ferreira,
O Cláudio Primo da Silva
E Antônio Lúcio Pereira.
Adão de Assunção Duarte,
O que faz tudo com arte,
E que advoga de primeira.
LIV
Absolon, João Alecrim,
Zé Dias, Joarez Amaral;
O Nicomendes Pereira;
João Guedes Juvenal.
Arnaldo Martins de Almeida,
O qual na coisa envereda,
Também foi prefeito o tal.
LV
José Alves e Carlito;
Elpídio e Euzébio Brito;
Cantídio Ferreira e Milton
Porto, também já escrito.
Quarenta vereadores
E todos trabalhadores,
Um a um são de granito.
LVI
Euzébio Ferreira Brito,
Acima mencionado
Foi o primeiro prefeito,
E também muito estimado.
Tem também Almir Ribeiro
Maciel, outro altaneiro,
E certamente admirado.
LVII
Carlos Gonçalves dos Santos
E o amigo Zé ribeiro,
Também foram bons prefeitos
Para o povo de primeiro.
Cantídio Pires decerto
E Arnaldo Martins por certo,
São de fato os derradeiros.
LVIII
O primeiro cordelista
Da História de Central,
Que o povo tem notícia
Desde o tempo imperial:
Foi o véi Mane Bruaca,
Um violeiro de taca,
Com pose de general.
LIX
E depois Miguel Viola,
O rimador do sertão;
Também contador de causos
Passados na região.
Pra ele eu tiro o chapéu,
Pra mim foi mais que um troféu,
Pois ele foi meu paizão.
LX
E por aqui meu amigo
Decerto vou encerrar,
A história dos antigos,
De Central um bom lugar.
Mas o tempo continua,
A trajetória hoje é sua,
Que outra hora eu vou contar.
LXI
Portanto, é você agora
Que hoje lê este cordel
Do autor Pedro Viola,
Nesta folha de papel,
Que um dia será lembrando
Como coisa do passado
Como as estrelas do céu.
LXII
Pois nós somos a história,
Aqui e em qualquer lugar.
Agora ou a qualquer hora
Aonde você se encontrar;
Será mero personagem,
Que marcou sua passagem
Para eu poder rimar.
LXIII
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